Acredito que não se evolui sem se reconhecer as nossas falhas!
O espaço é vosso, usem e abusem dele, que eu agradeço cada comentário vosso, aqui eu posso sempre responder, ao contrário de outros espaços, onde esta utilização da liberdade de expressão, é meramente unilateral.
Como na minha arte, parar é morrer, conto com a vossa ajuda para evoluir cada vez mais, mais e mais....
Decidi assim, abrir este cantinho para que cada uma de vós possa trocar ideias, RECLAMAR e fazer criticas construtivas.
O espaço é vosso, usem e abusem dele, que eu agradeço cada comentário vosso, aqui eu posso sempre responder, ao contrário de outros espaços, onde esta utilização da liberdade de expressão, é meramente unilateral.
14 comentários:
Olá!
Sinto sempre alguma reluttãncia em participar neste tipo de coisas, mas aqui vai a minha opinião.
A D. Cristina, ou os seus acessores, têm que arranjar uma forma, das pessoas não ficarem tanto tempo à espera, quando já têm hora marcada para serem atendidas.
Adorei as suas ideias, os tecidos e o atendimento, mas odiei ter que esperar quase meia hora para ser atendida.
Beijos
Joana Alenquer
Cara Joana;
...e todas aquelas noivas que eu fiz esperar.
Sei que a espera é exasperante e que o tempo é curto para todos, mas a verdade é que é quase impossovel fazer um atendimento personalizado de outra forma. É assim nos médicos, é assim nos dentistas, é assim nos cabeleireiros.
Mas reconheço que algo tem queser feito e esta a ser. Já começamos com as obras de remodelação do nosso espaço criativo, na qual esta contemplada a criação de mais dois gabinetes de atendimento e estamos também a aumentar a nossa equipa criativa de modo a atendermos de forma mais eficiente o número crescente de clientes que nos procuram.
Obrigada pela sua paciência mas tenho a certeza que a compensamos. ;)
Posso pedir o favor de pararem de pedir os dados das pessoas nas feiras, c/ a promessa de enviarem catálogos, que dps nc enviam?
Não é inteiramente verdade o que diz, mas também não é mentira. a verdade é que fazer um catálogo com a qualidade gráfica das marcas Espanholas ou Francesas, é muito dispendioso e muito complicado para uma empresa Nacional, sem qualquer outro tipo de apoio, pelo que optámos por seleccionar as Noivas a quem enviamos o catálogo com o seguinte critério:
1ª-Clientes Cristina Lopes fashion que tenham casamento marcado para o ano seguinte.
2º-Noivas com casamento marcado para o semestre seguinte.
3º-São anuladas, todas as inscrições com dados incompletos e que não possam ser confirmados (falta de Tel.).
No entanto, para suprimir esta falha, o nosso departamento de comunicação(recentemente criado, começou a dinamizar o contacto e a troca de informação com todas as amigas que se inscrevem.
Desde Julho que começamos a enviar por email informação sobre as nossas colecções, as nossas participações em Feiras, passagens de modelos, entrevistas nos media e estamos a prepar um catálogo que possa ser enviado por email.
A necessidade cria o engenho e nós estamos a "engenhar" apenas para si
Obrigada pela sua participação
E pk continuam a pedir os dados?
Só posso supor que seja a mesma pessoa, pois NÃO SE IDÊNTIFICA..., porém apesar de não ser obrigada a publicar a sua pergunta, achei pertinente fazê-lo. Assim como acho pertinente responder.
Em 1º lugar, só dá os dados quem está interessado, quem não está, não dá poupa trabalho aos responsáveis pelo marketing. E a liberdade é maravilhosa pois tem 2 lados: eu sou livre de continuar a pedir e você é livre de continuar a não os fornecer.
No entanto, em 2º lugar, na anterior resposta que lhe dei, já havia respondido á sua pergunta. Lei-a até ao fim.
Obrigada pela sua contribuição.
Gosto muito dos seus vestidos mas nunca sei as feiras e raramente recebo os convites.
Porque é que não recebemos convites para todas as feiras?
Infelismente nem sempre é possível receber os convites a tempo e assim também não podemos enviar às noivas os convites atempadamente. Contudo, é usual enviar um e-mail às pessoas que moram perto do local da feira (na mesma região), a avisá-las da realização do certame.
Na maioria das vezes, a apresentação dessee-mail na recepção é suficiente para permitir a entrada gratuita. Mas mais uma vez, depende de organização para organização, de feira para feira.
No caso de dúvida, contacte-nos que o departamento de comunicação e marketing, tratará de cada caso individualmente.
Obrigada, pela sua colaboração
olá, gostei muito do seu trabalho. Principalmente os vermelhos e bordôs. Gostaria de saber porque escolheste estas cores, sou estudante de moda do Brasil e preciso desenvolver um trabalho inspirado nas tradições matrimoniais de Portugal e escolhi a Vila Real De Sto Antonio para me isnpirar, pois aqui o Sto Antônio é conhecido popularmente como casamenteiro, sempre ajudando as mulheres a encontrar os seus pares. Gostaria de saber se em Portugal é feita a mesma relação com este santo e também de mais informações, o porque da escolha do nome do santo para batizar a cidade, sobre as tradições de matrimônio da cidade e de Portugal, a cor do vestido da noiva na antiquidade, se sempre casou-se de branco, os trajes mais comuns para os casamentos, se tem o casamento civil e o da igreja, ... emfim muitas informações. O objetivo da pesquisa é fazer uma roupa infantil com estas informações.
O que voce puder me ajudar já será ótimo.
Muito obrigada pela atenção.
Cibele Degrazia
contato: sininhow@gmail.com
Cara Cibele Degrazia,
Quanto àquilo que é a nossa paixão, o Casamento, os Vestidos e as Tradições, temos muito para lhe informar.
Comecemos por algumas tradições. Durante muitos anos, as noivas não se casavam de branco. Tecidos brancos e bordados eram sinónimo de riqueza e apenas algumas classes incluíam o branco puro, como hoje conhecemos, no seu vestuário, sendo, normalmente, o cru e o castanho e até mesmo o preto, a escolha para os vestidos de noiva durante muitos séculos., bem como os tons pastel.
Mas comecemos pelo início. Durante a antiguidade clássica (Egipto, Grécia e Roma), apenas os nobres perdiam tempo com o casamento. Geralmente as classes sociais mais baixas, apenas se juntavam e constituíam família, por vezes, com um jantar para sinalizar o acto. No entanto, as classes sociais mais altas, faziam do casamento festas para toda a cidade, decretando feriados e organizando festividades que duravam vários dias e estes, Egípcios, Gregos e Romanos, usavam o branco como sinal de riqueza, pelo que, também os vestidos de noiva eram brancos, do mais branco que pudesse ser e nunca mais voltavam a ser usados.
Quando a cultura Judaico-cristã, começou a ganhar força na sociedade, tudo o que vinha destes povos, foi considerado impuro e impróprio e assim, os vestidos leves, muito elaborados e brancos, foram banidos e ficaram reservados à celebração de alguns actos pagãos. Essa é a razão pela qual as Fadas, as Deusas e as Feiticeiras continuam a ser representadas com vestidos linha império de tecidos leves e cores claras, até aos nossos dias.
Nos primeiros tempos cristãos, podemos encontrar relatos de alguns casamentos, como na bíblia e estes tinham as mesmas tradições da religião que derivaram, ou seja a Judaica, que por sua vez, sofria influências das tradições do médio oriente (Pérsia/Bizantina), levadas para a Europa e para o Norte de África por Alexandre o Grande, como por exemplo a utilização do véu ou da mantilha no vestuário corrente das mulheres.
Com a queda do Império Romano, as atenções culturais do ocidente passaram a ter como referência o padrão de elegância proposto pela corte bizantina. Nessa altura, as noivas casavam-se vestidas de seda vermelha bordada em ouro e traziam no cabelo tranças feitas com fios dourados, pedras preciosas e flores perfumadas.
Durante a Idade Média, a cristianização do ocidente trouxe novos costumes matrimoniais. A coroação de Carlos Magno, no ano 800 DC tornou o casamento um sacramento religioso, com forte carga social e simbólica, carga esta, que em grande parte perdura até os nossos dias.
O vestido de noiva surgiu neste período com a função específica de apresentar para a comunidade as posses da família da mulher. Tinha como simbologia, o poder e o seu estatuto social, assim, a noiva era apresentada com um vestido vermelho ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho representava a capacidade da noiva de gerar sangue novo e continuar a estirpe. O véu branco falava da sua castidade. (Esta é a razão pela qual na colecção de 2008, fizemos três vestidos vermelhos, foi uma forma de voltar a antigos costumes)
O casamento cristão, que teve início na Idade Média, era uma cerimónia pública e acontecia na igreja por este ser o espaço mais público desta época. A tradição da cerimónia religiosa de casamento, que vivemos hoje, tem aí sua origem.
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Continuação
A união dos cônjuges das famílias humildes deste período, celebrava-se com um festejo popular, no centro da comunidade, num domingo de santo, sendo o Santo António o mais escolhido, pois é o que abençoa e protege as uniões sem dote, mas que eram consideradas importantes para a fertilização dos campos e lavoura. Por essa razão, as celebrações tomavam lugar em Maio, no início da colheita e representava a fertilidade da terra e a abundância na casa do homem do campo. Nascendo assim a tradição da Noiva de Maio.
Na Burguesia, as famílias uniam-se para conservação de património, mas representavam esta união através do símbolo da fertilidade dos campos, ou seja, o verde, o verde dos prados, das cearas, dos milheirais, dos pomares.
No Renascimento, com a ascensão da burguesia mercantil, a apresentação da noiva tornou-se mais luxuosa. A noiva era apresentada em veludo e brocado, ostentando o brasão da família e as cores do herdeiro à qual a noiva se unia por casamento.
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Continuação 2
No final do Renascimento, o código de elegância barroca foi determinado pela Corte Católica de Espanha onde se estabeleceu o preto como a cor correcta a ser usada publicamente como demonstração da índole religiosa de qualquer pessoa. Esta cor era aceite como adequada, também para os vestidos de noiva, deixando resquícios desta tradição em alguns dos trajes de casamento portugueses como é o caso das Noivas do Minho (Ver fotografia). Mas como não existe regra sem senão, foi também nesta altura de contrastes, que o vestido branco para a noiva, surgiu como novo padrão de elegância.
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Continuação 3
A primeira noiva a vestir-se de branco foi Maria de Médici (e não a Rainha Vitória, como erradamente quase todos proclamam) ao casar-se com Henrique IV, herdeiro da coroa francesa. Maria, princesa italiana, mesmo sendo católica não comungava da estética religiosa espanhola e por isso, utilizou um vestido em brocado branco como prova da exuberância das cortes italianas. O vestido trazia um decote quadrado com o colo à mostra, o que causou grande escândalo perante o clero, mas Michelangelo Buonarote, o grande artista do Renascimento, descreveu o vestido, como uma rica veste branca, ornada em ouro, que mostrava o candor virginal da noiva, então com catorze anos.
No período Rococó, as noivas casavam-se vestidas com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias, com folhos de renda nas mangas e decotes, sendo as cores preferidas os tons pastel, na maioria das vezes com motivos florais, sendo as mais comuns o Lilás, a cor de Pêssego e o verde Malva. Este hábito era seguido tanto pelas jovens da aristocracia, como pelas noivas pobres.
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Continuação 4
A Revolução Francesa aboliu o padrão de elegância luxuoso, próprio da aristocracia, que existia desde a Idade Média e substituiu-o por um padrão mais discreto, puritano e burguês de origem inglês. Este padrão valorizou a pureza de carácter como a maior qualidade da noiva, projectou sobre ela a cor branca como símbolo da sua inocência virginal. Acrescentou-se a este traje um véu branco e transparente como símbolo da sua castidade, preso à cabeça por uma grinalda de flores de cera representando esta sua qualidade como condição natural de toda jovem de família. Neste momento é introduzido o uso do linho, da lã e de tecidos opacos como adequados para o vestido de noiva.
O governo de Napoleão também comungou deste ideal de simplicidade feminina, divulgando o estilo Império como um retorno à simplicidade da mulher grega. Napoleão decretou como idade legal para o casamento dezoito anos para as moças e vinte e um para os rapazes. O decreto teve origem na necessidade de manter os jovens de menor idade nas fileiras de seus exércitos. Foi a partir de então que se tornou obrigatória à celebração da cerimónia civil do matrimónio, quando todos os casamentos deveriam ser registados em cartório público. A partir da Revolução Francesa, o traje nupcial passou a ser branco e as variações que se têm dado, recaem normalmente na volumetria, que variam de acordo com as modas correntes. Apesar de tudo, o traje nupcial continua a obedecer à função de ser o mais luxuoso que uma mulher usa, antes de se tornar uma senhora casada.
Em 1854, o papa Pio IX proclamou que as noivas deveriam demonstrar através do traje branco a Imaculada Concepção. Este decreto papal estabeleceu para a noiva do Romantismo um padrão católico que se estende até os nossos dias no imaginário popular delegando à virgindade um factor obrigatório para a noiva. As mulheres deste período, acabaram por acrescentar ao vestido um acessório para a mão, que podia ser um terço ou um pequeno missal porque, além de casta ela devia ser também religiosa. A partir da segunda metade do século XIX, o Iluminismo transferiu para o branco a ideia de luz e de abundância, o branco como claridade e como a soma de todas as cores. O branco continuou a representar a pureza e a castidade. Mais tarde a flor de laranjeira foi ficando cada vez mais popular, como antigo símbolo de fertilidade. Estes dois acessórios acabaram por se unir e surgiu assim o ramo de flores, ou bouquet, tendo sido a Princesa Sissi, uma das primeiras a iniciar a moda, ao levar um ramo com rosas naturais, no seu casamento.
Esperando ter sido de alguma utilidade, somos
Atentamente
Cristina Lopes
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